Vidigal pede que PDT entregue Ministério em sinal de independência

Atuação Imprensa

Na noite de ontem (5) o PDT anunciou que o partido adotará uma postura de independência nas votações da Câmara dos Deputados. Pelo menos na Câmara, os deputados não fazem mais parte da base aliada. A posição já era defendida pelo deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES), desde fevereiro, data de início do mandato parlamentar.

Vidigal defende que o partido seja independente, sem partir para a oposição. “O PDT não pode se tornar mais um apêndice do governo. Temos que ter independência priorizando os interesses da população que nos elegeu”.

Para o deputado, ao declarar independência com os deputados da Câmara, o partido precisa dar outro passo, o de entregar o Ministério do Trabalho. “Sou favorável a entregar o ministério para que possamos trabalhar e votar de forma independente. A principal característica do PDT é ser um partido do povo, por isso temos que honrar nossos compromissos. Sou contra sair da base para virar oposição, devemos ser responsáveis”, afirmou.

Outra crítica de Sergio Vidigal diz respeito à falta de autonomia do Ministério do Trabalho, que perdeu muitas atribuições nos últimos anos. “Tiraram o Pronatec, concebido no Ministério do Trabalho, e levaram para o Ministério da Educação”. No caso do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), por exemplo, o deputado afirma que o Ministério do Trabalho não teve participação.

“O governo federal pediu para criar o PPE por meio de Medida Provisória (MP). No caso da MP 665, que mudava as regras de concessão do seguro-desemprego, a presidente Dilma Rousseff novamente fez que sua decisão prevalecesse por meio de MP. Vale a pena continuar na base do governo desta forma? Precisamos ser respeitados”, explicou o deputado.

Impeachment
Diante da possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, caso fique comprovado seu envolvimento na operação Lava a Jato, o deputado Sergio Vidigal afirma que:

“É preciso apurar a fundo as suspeitas de irregularidades contra a presidente. O pedido de impeachment é uma decisão muito séria que não pode ser tomada com base em especulações. É uma decisão que pode penalizar todo o país, por isso sem provas concretas, não vejo ambiente para o impeachment”.

Uma nova reunião da executiva nacional do PDT está prevista para este mês, mas a data ainda não foi definida.