O deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES) afirmou, nesta segunda-feira (30), que o Brasil está vivendo as consequências do atual governo, após o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgar o maior número de assassinatos da história do país: 61.619 mortes violentas em 2016.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública também cita que sete pessoas foram assassinadas por hora no ano passado, aumento de 3,8% em relação a 2015.
“Não tem nenhuma guerra mundial com esse índice de mortalidade. Eu fico observando que nós estamos vivendo as consequências do atual governo desse país”, criticou Vidigal, em discurso proferido na tribuna Câmara dos Deputados.
O deputado também comentou o aumento da pobreza no país e a redução nos investimentos após a promulgação da PEC do Teto. O impacto, segundo ele, pode ser visto no corte de repasses para vários setores como a segurança, a educação e a saúde.
“Esse discurso de aumentar a produtividade da economia é muito importante, mas ele não se sustenta se ele não tiver caminhando com programa de combate às desigualdades sociais. Não tem solução”, comentou o parlamentar, lembrando que algumas medidas aprovadas pela Casa que seriam para fortalecer a economia, beneficiaram empresários e banqueiros.
Em seu discurso, Vidigal também reforçou que é contrário à Reforma da Previdência e disse que a medida prejudica quem recebe salário mínimo, que são 80% dos aposentados. Para ele, a Reforma Trabalhista também tem reflexos semelhantes, atingindo o trabalhador que recebe salário mínimo. “Esses, sim, estão pagando o preço”, ponderou.
O pedetista lembrou que, na última quinta-feira (26), a Comissão de Educação da Câmara realizou uma audiência pública a seu pedido, para buscar medidas emergenciais para ajudar a conter a crise financeira nas universidades federais. E fez um alerta para a qualidade da educação superior e básica.
“Foi dado habeas corpus aos prefeitos a não serem obrigados mais a fazer investimentos, além do que está definido pela PEC dos gastos públicos”, disse.
Por fim, o deputado comentou que aumentar a população armada e as penalidades para crimes não resolvem o problema da violência. “Violência se combate com política social. Violência se combate com políticas para o cidadão”, finalizou.