Sergio Vidigal é contra retirada de direitos do trabalhador

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Membro titular da Comissão Especial da Reforma Trabalhista que discute o Projeto de Lei 6.787/2016, o deputado federal Sergio Vidigal é contra a retirada de direitos do trabalhador. Durante audiência pública com o presidente do Tribunal do Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho, o deputado ressaltou a importância de discutir o assunto com responsabilidade.

“É preciso flexibilizar as relações de trabalho, é preciso dar segurança jurídica, mas não se pode retirar direitos do trabalhador. Precisamos ter responsabilidade para debater esse assunto”, afirmou o deputado.
Sergio Vidigal ressaltou é preciso reduzir os gastos do setor público.

“Estamos apertando o setor produtivo, o trabalhador, mas no setor público nenhuma medida para reduzir gastos e otimizar a aplicação de recursos. A impressão que eu tenho é que a crise e o desemprego deste país são por causa da legislação trabalhista e previdenciária. Isso não é verdade. Quem quebrou esse país foi o setor público, ele precisa ter um olhar para dentro e fazer as reformas necessárias”.

Para o deputado é preciso ter muito cuidado ao alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “A CLT é uma legislação que custou muito caro para este país, ela é muito importante e foi uma conquista que começou a dar direitos ao trabalhador. Qualquer alteração precisa ser estudada com cautela”, afirmou.

  • Precarização do trabalho

Ronaldo Curado Fleury, procurador-geral do Trabalho, esteve em audiência na última quinta-feira (16) na Comissão que discute a Reforma Trabalhista. Ele acredita que a proposta não garante a geração de empregos e pode resultar na precarização do trabalho com a migração de contratações para empregos menos protegidos.

“O Brasil já tentou adotar medidas de flexibilização, recentemente, visando à criação de emprego, o próprio contrato em tempo parcial. O que aconteceu? Não houve a diminuição do desemprego, e agora se pretende aumentar ainda mais a possibilidade do contrato de tempo parcial. Obviamente, será muito mais lucrativa a troca do emprego por prazo indeterminado pelo contrato a tempo parcial”, afirmou o procurador-geral sobre as propostas da reforma trabalhista.