O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) coordenou, nesta terça-feira (20), o “11º Fórum de Políticas Públicas e Saúde do Homem”. Neste ano, o tema foi saúde do homem do campo.
Sérgio Vidigal defendeu a necessidade de se propor políticas públicas para reduzir a vulnerabilidade dessas populações. Além disso, é preciso agir, preventivamente, de forma a garantir mais saúde (do homem e de toda a família) e os cuidados durante o trabalho.
“É necessário fazer um acompanhamento constante dos indicadores de saúde dessas populações. Assim, para que possamos elaborar e aperfeiçoar as ações de forma garantir o bem-estar desses cidadãos brasileiros. Porque eles tanto contribuem com o desenvolvimento do nosso país”, defendeu Vidigal, que é médico.
Além disso, o parlamentar questionou sobre a utilização e controle do agrotóxico, que afeta a qualidade de vida desses trabalhadores.
Participaram da audiência os representantes do Ministério da Saúde, Isabela Maria Lisboa Blumm; do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Deimiluce Fontes Coaracy; da Sociedade Brasileira de Urologia, o urologista Dr. Romulo Maroccolo Filho, do Consultor em Tecnologia da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Reginaldo Minaré; e do Coordenador de Reavaliação Toxicológica da Anvisa, Daniel Roberto Coradi de Freitas.
Experiências no campo
Com o tema “Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta e das Águas”, falou a representante do Ministério da Saúde, Isabela Maria Lisboa. Ela comentou sobre as medidas que a pasta institucionalizou para implementar este programa, levando médicos a essas populações.
Para colaborar com as ações do governo, Deimiluce Fontes ressaltou a atuação do Senar na área da saúde. São ações, por exemplo, como palestras, capacitações, entre outras ações, ajudando na qualidade de vida dessas pessoas.
Já o urologista Rômulo Maroccolo disse que não há programas voltados para a saúde do homem. Segundo ele, um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), feito em 174 países, que mostra que o acesso da população rural aos serviços de saúde é 50% menor do que o dos habitantes das cidades.
E destacou os esforços em parceria com o Senar para levar mais saúde às famílias do meio rural.
Agrotóxicos
Reginaldo Minaré, da CNA, comentou sobre a importância de que o agricultor só compre produtos que passaram pela análise dos órgãos de controle de qualidade e que o pesticida seja utilizado de acordo com as recomendações técnicas.
E o representante da Anvisa, Daniel Coradi, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele levou para o debate um perfil das vítimas de intoxicação por agrotóxicos no país: São, em média, 80 a 90 casos de intoxicação por ano.